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O que é um deserto? Um lugar despovoado e inóspito.
Existem desertos de areia escaldante e existem desertos enregelados, os grandes desertos brancos das tundras e dos árticos.
Olhando para o grande oceano que levamos 5 dias para atravessar, me ocorreu que, no fundo, o Grande Mar, é tambem um enorme deserto. A abundância de água não deve nos enganar : esta água toda não nutre a vida humana. E a vida que fervilha nas profundezas do oceano nos é tambem totalmente invisível e inacessível.
Perdidos no oceano, morreríamos da mesma forma que em qualquer deserto de areia. De sede, de fome e torrados no sol+sal escaldante.
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E o nosso grande Deserto Interior, nossa concha particular de caramujo? o único lugar onde podemos nos encontrar com a Solidão que sentimos do Outro e a Solidão que sentimos de Deus!
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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4 comentários:
Gosto dessa sua filosofia, Turini. Os solitários por escolha e natureza olham com olhos jamais corriqueiros para toda e qualquer imagem grandiosa como o oceano, ou ínfima como um grãozinho de poeira.
Sua mente, através de seus sentidos, cresce e se agiganta, aprofunda-se e se torna uno com o infinito...
Adentra assim o próprio âmago das coisas, onde se encontra Deus. Isso para mim, é a verdadeira comunhão com o Criador.
Mudando de assunto, você viu a última foto da Rebecca no meu blog? Ela, a mamãe e a titia Chris estarão chegando amanhã de manhã e a expectativa da família está em ebulição.
Interessante... Porque só os solitários olhariam assim e adentrariam o âmago das coisas onde se encontra Deus?
Existem exemplos de pessoas que viveram e vivem junto aos outros, mais que de si mesmos vivendo em plenitude com o Criador. Aliás, acredito que esta é a nossa missão aqui na Terra. Viver solidariamente uns com os outros.
Só assim, poderemos sentir "O reino de Deus em nós", como falava Jesus.
Amiga_Caçula. Você está certa ...
Contudo, estou usando a palavra "solidão" com uma conotação especial, a significar "a carência afetiva, espiritual, etc ... de estar com".
Assim, a Solidão do Outro e a Solidão de Deus passam a ter um sentido especial, ampliado que não é muito diferente de seu "viver solidariamente".
Esta solidão "transitiva" (vamos lembrar da gramática dos verbos que requerem um objeto) não é pois uma doença, mas uma postura de vida.
Isto é muito profundo!
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