sábado, 30 de agosto de 2008

Para-Olimpíadas

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Ou não teremos, todos, nossas deficiências?

Não estaremos, todos, tentando sobreviver em nossas para-existências?

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A vida ama ...

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a quem ama a vida ...
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ditado egípcio, citado no filme O Edifício Yacoubian, filme da Net que recomendo, por sinal. É sobre personagens que vivem no Cairo contemporâneo. Uma realidade que não conheço por se tratar de egípcios abastados e influentes.

O Egito onde nasci e me criei era de metecos (= estrangeiros radicados) de classe média, de uma realidade totalmente diversa.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O problema não é "o que"

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Isto já tem bastante, o problema é outro
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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Pastel de feira

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Os prazeres simples da vida
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Comenrários mais tarde
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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Il me semble que la misère serait moins pénible au soleil

De uma canção do Charles Aznavour :

"Quer me parecer que a miséria seria menos penosa ao sol"

O que incomoda mesmo é este "il me semble" que soa como "só pode ser".

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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Patria e Humanidade

Alguém sabe quem é o autor de :

"Patria virou um nome bem pequeninho depois que inventaram a palavra Humanidade".
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Os limites do silêncio

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Os tambores de Beijing - 2

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A síndrome da riqueza carnavalesca
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Os tambores de Beijing

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O indivíduo perdido na multidão
A natureza Coletiva da Consciência Humana e o Caminho da Individuação
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ay, mourir d'amour

Uma música de Charles Aznavour
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Ay, mourir d'amour
T'offrir ma dernière seconde
Et sans regret quitter le monde
En emportant mon plus beau jour
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(Ai, morrer de amor)
(Te oferecer o último instante)
(E sem pesar deixar o mundo)
(Levando comigo o mais belo dia)
Comentários mais tarde.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Parábase ..a pergunta que não consigo responder



Parábase :

Na comédia da antiga Grécia, era um intervalo onde os atores retiravam as máscaras e falavam em seu próprio nome aos espectadores, expondo suas opiniões pessoais e comentando o personagem, a peça, o autor ou questões políticas.

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Nosso ego, é a somatória dos vários papeis que representamos durante a vida, filho, aluno, pai, marido, profissional, colega, etc ...

Em algumas sociedades, como a norte-americana, toda a educação e formação do indivíduo gira em tôrno da proficiência com que o cidadão desempenha seus papéis.

É, definitivamente, considerado de péssimo tom e muito mal visto, numa sociedade assim, a pessoa se despojar de suas obrigações sociais e manifestar sua individualidade, seus problemas íntimos ou opiniões não-convencionais.

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Em um filme que assisti recentemente, o personagem se submete a uma psicoterapia, onde o primeiro exercício é escrever sobre o tema "Who am I?"

O psicoterapeuta rejeita repetidamente as tentativas do personagem. Não, não é sua biografia que pedi, nem onde nasceu e se criou, nem quem são seus pais. Não, não é o que você faz, nem quais são seus hobbies. Não é como você se comporta com relação ao trabalho, ao casamento, a igreja. A pergunta é "Quem sou eu? Não o que faço, como vivo e sequer o que penso ou o que sinto."

Realmente, tem que tirar a máscara ... mas tirando a máscara, o que sobra? Para o desespero do personagem do filme, que não consegue responder a pergunta.

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Devo reconhecer que tampouco consigo.

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Visitem meu novo mini-blog

Adágio&Cia : cliquem no link, abaixo, à direita

Ou vão direto para : escultor2.blogspot.com

Coisas curtinhas ...

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Poeira de estrelas ...


Recuperado de blog anterior

Me escreveu uma amiga de grande sensibilidade poética :"Penso que, ao morrer, voltarei aos meus elementos materiais primeiros; serei restituída assim ao estoque universal para depois me tornar planta, pedra, animal e se quiser romantizar um pouco.....poeira de estrelas"


Se esquece ela que nós não temos que voltar, e certamente não temos que morrer : nós já pertencemos ao Universo. Veja bem, nosso corpo (físico) está permanentemente intercambiando materiais com o mundo externo, recebendo ar, minerais, alimentos, proteínas, energia, etc .. {não se esquecendo de cerveja e de vinho!!!}, transformando-os em nossa própria matéria e devolvendo outro tanto ao ambiente. É como se fossemos interpenetrados pelo mundo físico que parece passar atraves de nos, como um fluído : a imagem de uma anémona-do-mar ou água-viva é sugestiva do processo, embora a velocidade e a fluidez são diferentes, é claro.


Nós estamos sujeitos às mesmas leis que as pedras : nós caimos, podemos ser pisoteados, quebrados, etc ... Nosso corpos tem o mesmo tipo de processo vital que as plantas e os animais : nós não diferimos em nada deles neste particular : precisamos nos alimentar, precisamos de energia, nós nós reproduzimos, etc

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Nós somos pedra, planta e animal! Vivos ou mortos!


Mas eu diria que a coisa vai um pouco mais longe. Quer ver? O nosso processo de pensar : se um humano pensar de forma certa (ou seja sem que haja uma deficiência de malformação ou doença), seu pensamento vai obedecer a certos padrões que são uma espécie de regra comum. Dado um certo problema lógico, dois humanos (sadios e conscientes) usando sua inteligência, devem poder chegar à mesma conclusão. É como se, nós humanos, fossemos terminais de uma grande computador, usando o mesmo software básico. É como se, nós humanos, colhessemos pensamentos (a matéria pensante) de um substrato que nos circunda e no qual estamos mergulhados, que flui atraves de nós. É conhecido o fenômeno de descobertas serem realizadas ao mesmo tempo, por pesquisadores que não se conhecem, em diversos e afastados lugares do globo : como já disse, é como se estes pesquisadores colhessem as idéias que lá estivessem plantadas.


Mais uma coisa : as nossas emoções. Nenhum humano vai conseguir inventar uma emoção que em grau maior ou menor, não tenha sido sentida por outro ser humano. Alias, ser capaz de sentir este elenco de emoções, é o que, para a maioria de nós, define uma pessoa como "humana". O mesmo processo que para o pensamento, apenas talvez mais perceptível. Inclusive o substrato emocional nos é bastante mais sensível que o substrato noético (palavrinha feia, mas fazer o que?). Nós sentimos facilmente contagiados pela agitação de um estádio de esportes, pela ansiedade de uma época de crises sociais e ... pela tristeza ou alegria de um ser próximo, por mais que disfarce e se contenha.


Poderia citar outros exemplos em diversas outras áreas da atuação humana : em particular nas artes, onde vários artistas referem que se sentem como uma "parteira" : eles não criam a obra de arte, eles são apenas os que trazem a obra de arte a este mundo. Outra vez, como se as obras de arte já estivessem prontas em um substrato coletivo. Nós, indivíduos, somos apenas membros de Humanidade.


Como diriam alguns religiosos, somos as células de um Grande Corpo Místico.


Concordo com você que o Homem não é a medida de todas as coisas. Ele não é Deus. Que se você quiser chamar de Vida, eu não me incomodo nem um pouco pois nós não conhecemos (nem podemos conhecer) o nome de Deus, nem seus Atributos.


Mas não consigo pensar fora do meu contexto de humanidade, tão intricadamente entrelaçado que ele está naquilo que eu chamo de minha individualidade. Que talvez não exista e seja apenas uma ilusão. Mas é a única coisa que eu tenho para me agarrrar e conviver neste mundo que me circunda.

domingo, 10 de agosto de 2008

Conceitos masculinos ...

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O que é uma mulher bonita, uma mulher sexy e uma mulher gostosa?
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Mulher bonita é um conceito que tem algumas latitudes relativas ao lugar, a época e ao nível cultural ... mas existe um certo grau de consenso. Até as próprias mulheres concordam. Simetria, harmonia de linhas, um certo balanceamento de proporções e uma elegância de porte que não pode faltar ...
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Mulher sexy é a que transmite sensualidade própria, não necessariamente uma beleza extraordinária mas a que revela uma certa dose de malícia, e manifesta uma certa intenção de sedução ... difícil descrever como e o que funciona mas certamente são importantes a postura corporal, as poses, o modo de vestir, o tipo de roupa que sugere mas não mostra, o desarranjo intencional para parecer natural, os gestos convidativos, o olhar cúmplice, a maquiagem, etc ...

Lógico, haverá variações individuais, o tipo ingênua ou malandrinha, a vamp, etc ...

É sempre um estimulo predominantemente visual, a voz ajuda mas como um complemento .... As mulheres sabem instintivamente como funciona e reconhecem mas, invariavelmente, declaram não gostar quando as outras usam ("é uma falsa!", "hipócrita" e outros epítetos para qualificar manobra ou artificialidade ou falta de sinceridade!!)
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Mulher gostosa (e outros termos mais chulos) é a que torna manifesta a sua sexualidade. Beleza não tem nada a ver. Sensualidade entra mas levada a um certo exagero.

Existirá sempre um descarado reforço dos seios e das cadeiras (características primordiais da atração sexual para o macho). Se a natureza não proveu, vai usar roupas provocantes. Gestos exagerados, roupa propositadamente usada para mostrar, decotes generosos, calças apertadas, ou biquínis reduzidíssimos, etc ... Uma certa agressividade no comportamento e um oferecimento acintoso fazem parte do elenco.

Uma fêmea disponível e equipada!
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sobre a Paz ...



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Ouve-se um monte de pessoas - algumas até bem inteligentes e bem intencionadas - falar da "luta" pela paz. Acaba com ela na hora! Pois paz pressupõe NÃO lutar, não é? A coisa chega ao paroxismo do ridículo quando os governos falam de "guerra pela paz". Coisa que o Einstein apontava constantemente.
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Quem foi /é casado, sabe o que quer dizer quando um dos cônjuges (ou os dois) diz que quer garantir seus direitos ... (não me iludo nem um pouquinho que também participo disto) .... a mesma coisa acontece com os governos, os grupos políticos .... todo mundo quer garantir e impor seus direitos (ou seja aquilo que ele acredita que lhe dará a paz)!!!
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Se o outro não concordar, retire o obstáculo do caminho, destrua-o!!!
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Este discurso é velho, não é de hoje : não creio que a beligerância esteja aumentando, sempre houve. A Humanidade é tão "primitiva" hoje quanto sempre foi ao longo de sua História!!! A violência é uma doença psicossocial, sim. Uma doença antiga e permanente.
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Tudo revolve em torno do que seja saúde humana. Especialmente, do ponto de vista psicológico e espiritual, o ser humano saudável é aquele que já ingressou no Caminho e está em fase de desenvolvimento, aquele que é capaz de "uma maior sensibilidade para com os outros, que manifesta um grau maior de amor, de compaixão, de empatia e de generosidade; uma apreciação do caráter assombroso e misterioso da vida; que tenha reverência, maravilhamento e gratidão pelo caráter numinoso e sagrado do Universo que nos cerca"*
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A tradição budista e outras sugerem que o apego à satisfação das próprias necessidades é a fonte do sofrimento e que é provável que os indivíduos altamente desenvolvidos sejam motivados pelo desejo de contribuir para com os outros e de servir.
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Talvez aí esteja a resposta sobre o que seja a Paz.
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O ser humano não é uma doença. Ele contem em si germes de doença, sim. Mas também contem em si a semente do Amor, da Grandeza e da Paz. É uma questão de Opção.
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E claramente, não é a opção dos políticos. Posso não ter a resposta cabal, mas uma coisa garanto, os políticos provaram alem de qualquer sombra de dúvida, que eles não a tem!!..
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Muito apropriado, neste contexto, o que afirmava Santos Dumont : "Eu criei um aparelho para unir a humanidade, não para destruí-la" ao ver sua invenção uasada na guerra.
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* Texto do Abraham Maslow.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

É fácil ser herói ...

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Os heróis modernos são os personagens dos desenhos infantis e dos filmes americanos de aventuras.

É fácil ser um destes heróis modernos ... vencem sempre ... são fortes, tem punhos de aço, ganham tudo na porrada e na posse e uso de armas imbatíveis ... quando não, na astúcia maliciosa, disfarçando e enganando.

Todos tem enorme intrepidez e coragem pois costumam ser imortais ...

A diferença entre eles e os seus inimigos é que os seus inimigos são sempre derrotados, aniquilados, destruídos. E portanto, são maus. Afinal, quem vence é quem tem direito a escrever a história.

É fácil ser herói quando se nasceu em berço esplêndido ou com um monte de dinheiro à disposição. Quando se tem uma inteligência super-privilegiada, quando a natureza nos dotou de uma vontade férrea ou de carisma excepcional.

É fácil ser herói quando se é agraciado por uma dádiva divina ou se pertence as elites que tem a impunidade garantida.

Assim, é fácil, muito fácil ser herói!!

Quero ver ser herói quando se tem que ralar todo dia em um trabalho degradante, quando se tem que tomar três conduções para chegar ao trabalho e outro tanto para voltar para casa, quando falta dinheiro para o leite ou o remédio das crianças.

Quero ver ser herói quando se passa meses e anos desempregado, ou quando se vive doente, com a saúde abalada e sem recursos para cuidados médicos.

Quero ver ser herói quando se tem um QI baixíssimo ou quando não se recebeu a mínima educação ou preparo.

Quero ver ser herói sendo subnutrido, morando em barraco fétido ou dormindo em sarjeta.

Quero ver ser herói.

Ou santo, dentro desta mesma linha de raciocínio.
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Amor e sexo

Primeiro, gostaria de esclarecer que, a medida que vou ganhando em idade, estou chegando a conclusão que, antes de sermos um homem ou uma mulher, somos um "ser humano", com nossos anseios, sonhos, incertezas, carências, etc ... e nisto somos muito mais parecidos do que diferentes.

O que observo à minha volta é que os homens alardeam bastante o sexo, mas no fundo disfarçam bem suas necessidades afetivas,... e as mulheres alardeam bastante o amor, mas no fundo disfarçam bem suas necessidades sexuais.

No fundo, os dois, homens e mulheres, precisamos das duas coisas, numa dosagem bem individual, não resta dúvida.

Mas, NINGUÉM, em sã consciência, confunde sexo com amor. Nem deveriamos confundir o nosso amor com problemas sexuais!

Alguns (e algumas, é claro) confundem sexo com esporte ou simples entretenimento. {risos}

O que está errado é negar a influência dos hormônios em nossas vidas. Não precisa se tornar escravo deles, mas satisfazê-los, de forma apropriada, não é coisa ruim. (Osho tem alguns textos bem interessantes a respeito.). Afinal, satisfazemos regularmente nossos instintos de comer e ninguém acha um pecado maior!!! O sexo é apenas mais um instinto de sobrevivência, e como todo instinto de sobrevivência, vem acompanhado de prazer.

Deveríamos ser mais naturais a este respeito, sem chegarmos a ser promíscuos.

Casamento é um caso à parte neste assunto. Tem casamento sem amor e tem casamento sem sexo. Não que eu defendo haver atividades paralelas, mas a pior "traição" no casamento não é necessariamente uma aventurazinha eventual, no sexo ou quiçá até, no amor. A verdadeira traição é não cuidar da casa, não cuidar do conjuge e dos filhos, dilapidar o dinheiro do casal com jogo ou noitadas permanentes, e outras coisa afins.
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