segunda-feira, 19 de março de 2012

Conflitos emocionais

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A leitura do livro do R. Solé sobre o Egito me trouxe uma grande euforia : a lembrança de uma parte de minha vida que considerava perdida à tout jamais. Não, ela estava toda lá.

Os hábitos, o modo de vida dos "estrangeiros", a filosofia de conviver com as contradições aparentes de nação/pátria/religião ...

Os lugares, os bairros, as praias, as estações do tramway, os cinemas, a escola ...

As comidas, a saudade de pratos praticamente inexistentes por aqui

A língua, as palavras em árabe, a multitude poliglota, a capacidade de falar em 2 ou 3 idiomas ao mesmo tempo

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E por outro lado, um grande decepção, de perceber que tudo isto deixou de ser uma realidade há mais de 50 anos, de não poder compartilhar com alguém que vivenciou o mesmo, e a enorme solidão que resulta de se sentir "diferente"
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Bem que o autor diz :

"Il ne faut pas chercher à répéter les moments heureux. Certains moments n´ont lieu qu´une fois."
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Il ne faut pas regarder en arrière. Ta vie est devant toi. Tu feras de grandes choses.

Ouvre bien les yeux et sois heureux.
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quinta-feira, 1 de março de 2012

Le Sémaphore d´Alexandrie

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Do mesmo autor.

Passado na segunda metade do seculo XIX, durante a construção do Canal de Suez. Interessante revisão de um ponto de vista mais pessoal, dos conflitos políticos ocorridos durante e depois este evento.

Acompanhando em paralelo a saga de uma família síria, no ambiente de estrangeiros radicados no Egito, há muitas gerações.

Há também uma bonita história de amor, romântica mas inconclusa, realmente parecendo bem moderna para o ambiente social descrito.
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