.
.
A leitura do livro do R. Solé sobre o Egito me trouxe uma grande euforia : a lembrança de uma parte de minha vida que considerava perdida à tout jamais. Não, ela estava toda lá.
Os hábitos, o modo de vida dos "estrangeiros", a filosofia de conviver com as contradições aparentes de nação/pátria/religião ...
Os lugares, os bairros, as praias, as estações do tramway, os cinemas, a escola ...
As comidas, a saudade de pratos praticamente inexistentes por aqui
A língua, as palavras em árabe, a multitude poliglota, a capacidade de falar em 2 ou 3 idiomas ao mesmo tempo
...........................
E por outro lado, um grande decepção, de perceber que tudo isto deixou de ser uma realidade há mais de 50 anos, de não poder compartilhar com alguém que vivenciou o mesmo, e a enorme solidão que resulta de se sentir "diferente"
.
Bem que o autor diz :
"Il ne faut pas chercher à répéter les moments heureux. Certains moments n´ont lieu qu´une fois."
...
Il ne faut pas regarder en arrière. Ta vie est devant toi. Tu feras de grandes choses.
Ouvre bien les yeux et sois heureux.
.
.
.