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A leitura do livro do R. Solé sobre o Egito me trouxe uma grande euforia : a lembrança de uma parte de minha vida que considerava perdida à tout jamais. Não, ela estava toda lá.
Os hábitos, o modo de vida dos "estrangeiros", a filosofia de conviver com as contradições aparentes de nação/pátria/religião ...
Os lugares, os bairros, as praias, as estações do tramway, os cinemas, a escola ...
As comidas, a saudade de pratos praticamente inexistentes por aqui
A língua, as palavras em árabe, a multitude poliglota, a capacidade de falar em 2 ou 3 idiomas ao mesmo tempo
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E por outro lado, um grande decepção, de perceber que tudo isto deixou de ser uma realidade há mais de 50 anos, de não poder compartilhar com alguém que vivenciou o mesmo, e a enorme solidão que resulta de se sentir "diferente"
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Bem que o autor diz :
"Il ne faut pas chercher à répéter les moments heureux. Certains moments n´ont lieu qu´une fois."
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Il ne faut pas regarder en arrière. Ta vie est devant toi. Tu feras de grandes choses.
Ouvre bien les yeux et sois heureux.
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Um comentário:
Vamos esclarecer uma coisa. Eu disse que me sentia diferente. NÃO INDIFERENTE.
Sempre reconhecemos o que este Pais fez por nós. Alias, está bem claro em alguns posts recentes.
Este também é um Pais de diferenças, veja quantas raças, quantas variedades regionais, quantos climas, quantas paisagens. Porque eu não poderia ser um pouco "diferente"?
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