sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Retórica do Amor

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A retórica é a arte do bem falar; mas em sentido mais estrito é a arte de usar a linguagem para se comunicar de forma eficaz e persuasiva. A persuasão, em referencia, é considerada ao nível do racional, do emocional e da ética.

Inicialmente, a retórica se aplicava ao discurso político falado, embora, na minha opinião, a finalidade da política é o discurso eficientemente vazio! Mas com o tempo, a retórica foi se ampliando aos diversos setores da vida humana.

Considera-se, geralmente, a "retórica do amor" como sendo o recurso linguistico usado por quem quer fazer a corte, e quer conquistar ou seduzir. Definida assim, parece algo mais afeto a "manobras" do que propriamente algo espontâneo no relacionamento dos amantes. Neste sentido, uma "cantada" se enquadraria dentro da retórica.

Prefiro me ater a algo bem mais simples que é o valor do discurso íntimo dos amantes, o "oaristo" dos antigos. A troca de palavras doces e de carinho, as promessas, as juras, os anseios, os planos do futuro, etc ... que funcionam de forma poderosa na erotização do processo amoroso.

E às quais as mulheres são particularmente sensíveis, bem mais do que os homens. Basta ver a importância que as mulheres dão a "discutir a relação", coisa de que a maioria dos homens não é grande adepta.

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P.S. Retórica é diferente de dialética. A dialética é, segundo alguns dicionários, é a arte de raciocinar com método, embora, mais precisamente é o método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de idéias, o que, francamente, não me esclarece nada pois não consigo entender como se pode montar um método com contradições. A dialética marxista, então, é que me confunde de vez, afirmando que a dialética é a estrutura contraditória da realidade.
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5 comentários:

amigacaçula disse...

Deixo a dialética e principalmente, a marxista para os meus tempos de Universidade.

O que realmente me chamou neste texto é algo que realmente nos incomoda: o fato de a maioria dos homens não gostar de discutir a relação, "jogando embaixo do tapete" questões importantes, ou melhor, fundamentais.

amigacaçula disse...

Porisso, resolvi deixar a dialética e coisas parecidas...(cansei delas na faculdade) e fui ao ponto prático que mais me marcou na postagem do nosso amigo Turini.

Você, falou, prima, uma frase perigosa... "No final podemos até desistir deles"... mas pelo jeito, isso não "está em nós"!

amigacaçula disse...

Quem sabe o problema é esse: o colóquio íntimo entre duas pessoas que se amam ficou raro nos dias de hoje.

Se existe, nem sempre é para trocar gentilezas, lembrar os momentos felizes ou programar outros ainda melhores.

Penso que o primeiro caso, torna a relação bastante satisfatória e estável.
O que acham?

Polemikos disse...

Funcionam : não usei no sentido que você apontou, embora concorde que possa assim ser interpretado.

O que eu quis dizer é "são um catalisador natural".

caos e ordem disse...

Depois que comentei fiquei pensando que retórica talvez se aplicasse somente a falas e discursos, então eu teria dado um grande fora ao falar de retórica nos textos escritos. Mas agora dei uma pequena pesquisada e parece que se aplica também à produção literária escrita.