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É a história de três gerações de mulheres chinesas (avó, mãe e autora), começando com o fim da invasão japonesa. Livro muito bem escrito, que foi publicado em 1991 e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Não sei como me passou desapercebido.
Cobre uma série de eventos políticos na China, com uma série sucessiva de desmandos em nome do "socialismo". Em realidade, os desvarios de homens absolutistas que não recuam diante de nenhuma forma de atrocidade para assegurar e ampliar seu poder.
O assunto é bastante complexo para tentar fazer uma resenha, mas o livro é uma verdadeira lição de história sobre a desumanidade da política em certas fases da história da humanidade.
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quinta-feira, 26 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Ninguem me chama
De uma letra de Antônio Maria
Sucedeâneo, em economia, é um termo usado para designar algo que possa substituir, até certo ponto, o produto original procurado ....
Por exemplo, quero café mas não tenho café, aí me satisfaço com um chá mais forte.
Ou a televisão não funciona, aí eu leio uma revista, ou um livro, ou faço palavras cruzadas.
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Alguém conhece um sucedâneo para amar e ser amado?
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segunda-feira, 16 de abril de 2012
Hábitos curiosos
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Do livro "Cisnes Selvagens" de Jing Chang.
Pg. 16 - Refere um costume chines "meu bisavó casou-se cedo, aos catorze anos, com uma mulher seis anos mais velha. Considerava-se um dos deveres da esposa ajudar a criar o marido." Não é propriamente oficial por aqui, mas vejo alguns casos óbvios de que isto acontece, como crença de algumas mulheres, mesmo sem a diferença de idade"!! ...
"Apaixonar-se {antes de casar} era considerado . . .uma desgraça para a família .... porque o casamento era visto acima de tudo como uma obrigação, um acordo entre duas famílias. Com sorte, a pessoa podia apaixonar-se depois de casada." Isto obviamente não acontece por aqui!!!
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
Palavras ...
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(trechos extraídos de Olhai os Lírios do Campo)
pg. 33
" A (...) palavra enchia-lhe a boca. Todos adivinharam nela uma significação misteriosa, enorme . . . porque não lhe conheciam o significado!" (No caso, a palavra hecatombe)
pg. 37
" deixando na alma um ressabio amargo" (tem palavra mais auto explicativa que ressabio?!)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Olhai Os Lírios do Campo - O Prefácio do Autor
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Este romance catapultou a carreira do Érico e representou o livro que mais fez sucesso, com tiragens sucessivas e praticamente acabou ficando como um dos livros de maior publicação no Brasil.
Nesta 15a. edição de 2005, foi mantido o prefácio de 1966, depois de 28 anos da primeira edição :
"Confesso, entretanto, que não tenho muito estima por este romance. Acho-o um tanto falso e exageradamente sentimental. Sua popularidade às vezes chega a me deixar constrangido."
"A dedicação, o altruísmo e a nobreza de Olívia me parecem inumanos. Não convencem. Pouco convincente também é a covardia de Eugênio."
"Há em Olhai os lírios do campo uma filosofia salvacionista barata que me faz perguntar a mim mesmo como pude escrever tais coisas, mesmo levando-se em conta de haver atribuído essa filosofia a personagens do livro."
"Se a história deu prazer a tanta gente, não vejo razão para impedir que ela continue sua carreira"
Érico nasceu em 1905. Em 1966, quando escreveu o prefácio, ele tinha portanto 61 anos. O que pode ter motivado ele tecer tamanho critica a seu grande sucesso literário? A publicação de sua trilogia O Tempo e o Vento no intervalo? E em seguida, publicaria Incidente em Antares.
{P.S. Morreu em 1975}
Já li alguns poucos capítulos. Estou gostando apesar do que ele cita. Não vou deixar de ler o resto do livro!!!
segunda-feira, 19 de março de 2012
Conflitos emocionais
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A leitura do livro do R. Solé sobre o Egito me trouxe uma grande euforia : a lembrança de uma parte de minha vida que considerava perdida à tout jamais. Não, ela estava toda lá.
Os hábitos, o modo de vida dos "estrangeiros", a filosofia de conviver com as contradições aparentes de nação/pátria/religião ...
Os lugares, os bairros, as praias, as estações do tramway, os cinemas, a escola ...
As comidas, a saudade de pratos praticamente inexistentes por aqui
A língua, as palavras em árabe, a multitude poliglota, a capacidade de falar em 2 ou 3 idiomas ao mesmo tempo
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E por outro lado, um grande decepção, de perceber que tudo isto deixou de ser uma realidade há mais de 50 anos, de não poder compartilhar com alguém que vivenciou o mesmo, e a enorme solidão que resulta de se sentir "diferente"
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Bem que o autor diz :
"Il ne faut pas chercher à répéter les moments heureux. Certains moments n´ont lieu qu´une fois."
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Il ne faut pas regarder en arrière. Ta vie est devant toi. Tu feras de grandes choses.
Ouvre bien les yeux et sois heureux.
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quinta-feira, 1 de março de 2012
Le Sémaphore d´Alexandrie
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Do mesmo autor.
Passado na segunda metade do seculo XIX, durante a construção do Canal de Suez. Interessante revisão de um ponto de vista mais pessoal, dos conflitos políticos ocorridos durante e depois este evento.
Acompanhando em paralelo a saga de uma família síria, no ambiente de estrangeiros radicados no Egito, há muitas gerações.
Há também uma bonita história de amor, romântica mas inconclusa, realmente parecendo bem moderna para o ambiente social descrito.
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Do mesmo autor.
Passado na segunda metade do seculo XIX, durante a construção do Canal de Suez. Interessante revisão de um ponto de vista mais pessoal, dos conflitos políticos ocorridos durante e depois este evento.
Acompanhando em paralelo a saga de uma família síria, no ambiente de estrangeiros radicados no Egito, há muitas gerações.
Há também uma bonita história de amor, romântica mas inconclusa, realmente parecendo bem moderna para o ambiente social descrito.
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