O que o dicionário nos ensina não nos leva a muito lugar. Mas sobressai que se trata de uma variedade de manifestações sentimentais ou emocionais, "levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão"
O que li de mais esclarecedor a respeito foi um livro de Rollo May (Love and Will) - Amor e Vontade. Analisa o amor, o Eros, entre o homem-mulher em três etapas.
Primeiro vem o atração sexual. Algo biológico e natural, um instinto que vem de mistura com algo vago definido como magnetismo pessoal. Um instinto fundamental à sobrevivência da espécie cuja satisfação se manifesta sob a forma de prazer. Como a maioria destes instintos de sovrevivência (como a fome, por exemplo), a componente prazer, está sempre presente. Talvez como um estímulo ao homem primitivo para se manter, ele e a espécie, vivos!
Para muitas pessoas, o amor não passa disto. O amor não é só isto. A atração sexual, como instinto, é algo que morre em sí mesmo, para usar uma expressão do Rollo May. Satisfeito o apetite, a pessoa não tem mais fome. Simples!! O amor baseado exclusivamente na atração sexual, tem uma tendência impressionante de não-durar. Exige variedade para manter o estímulo, que nenhum parceiro único consegue manter por muito tempo.
Apesar disto, o sexo tem uma função fundamental que é trazer o casal perto um do outro.
Um comentário:
Vou ficar uns 10 dias sem poder comentar, então passei por aqui dando uma olhada (até o retorno) e achei as novidades.
Citando Rollo May fica muito bem fundamentado. Estou gostando, vou para a continuação.
digitou o Zecão
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