Me recordo de um episódio na minha vida profissional :
Me dirijo à sala da reunião da qual ia participar. Com um pouco de antecedência, como sempre foi meu hábito. Lá está um colega, já sentado, os cotovelos na mesa e a cabeça entre as mãos.
-"Uai, que houve?"
-"Que houve? que houve? Lhe digo! Minha mulher, eu tirei da casa dos pais dela : então, tenho que lhe dar atenção. Os meus filhos, eles não pediram para vir, eu os trouxe a este mundo : então, tenho que lhes dar atenção. Meus pais, já estão velhinhos, me deram tanto : não posso deixar de lhes dar atenção, também. Meus funcionários, se eu não der atenção, já viu, acabam me sabotando. Meu chefe é meu chefe, não é? É bom eu dar atenção e bastante!
E a mim, quem é que me dá atenção? Quem?"
É muito bom ser lembrado.
Como dizia Aznavour "Laisse moi la chance de me faire aimer!"
segunda-feira, 9 de junho de 2008
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2 comentários:
Acredito que somos lembrados sempre, mesmo que não saibamos por quem. E como é boa essa certeza, pois nunca nos sentimos como o seu amigo.
Já vi algumas pessoas com exatamente essa queixa; e sempre do sexo masculino. Será que o homem necessita de mais atenção do que a mulher?
Talvez sim, pelo fato de que elas se acostumam a se doar mais aos maridos, aos filhos, aos pais e aos empregos e, geralmente, não esperam muito em troca...
Talvez seja uma questão de maneira de ser masculina e feminina.
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