
Parábase :
Na comédia da antiga Grécia, era um intervalo onde os atores retiravam as máscaras e falavam em seu próprio nome aos espectadores, expondo suas opiniões pessoais e comentando o personagem, a peça, o autor ou questões políticas.
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Nosso ego, é a somatória dos vários papeis que representamos durante a vida, filho, aluno, pai, marido, profissional, colega, etc ...
Em algumas sociedades, como a norte-americana, toda a educação e formação do indivíduo gira em tôrno da proficiência com que o cidadão desempenha seus papéis.
É, definitivamente, considerado de péssimo tom e muito mal visto, numa sociedade assim, a pessoa se despojar de suas obrigações sociais e manifestar sua individualidade, seus problemas íntimos ou opiniões não-convencionais.
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Em um filme que assisti recentemente, o personagem se submete a uma psicoterapia, onde o primeiro exercício é escrever sobre o tema "Who am I?"
O psicoterapeuta rejeita repetidamente as tentativas do personagem. Não, não é sua biografia que pedi, nem onde nasceu e se criou, nem quem são seus pais. Não, não é o que você faz, nem quais são seus hobbies. Não é como você se comporta com relação ao trabalho, ao casamento, a igreja. A pergunta é "Quem sou eu? Não o que faço, como vivo e sequer o que penso ou o que sinto."
Realmente, tem que tirar a máscara ... mas tirando a máscara, o que sobra? Para o desespero do personagem do filme, que não consegue responder a pergunta.
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Devo reconhecer que tampouco consigo.
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5 comentários:
Achei muito interssante a "PARÁBASE", com os atores manifestando suas individualidades.
Quanto à sociedade americana lastimo os que vivem lá, apesar do conforto material, do progresso científico e tecnológico. As pessoas me parecem mais uns robôs, fazendo de suas vidas, de acordo com o que expôs, "UMA PEÇA TEATRAL".
Continuando... Esse filme parece ser bem interessante. O Auto-conhecimento é quase que totalmente desconhecido para nós.
Meu marido fez um curso uma época, chamado "O Quarto Caminho" (conhece?) onde o objetivo era exatamente esse: Auto-conhecer-se! Parece que surtiu algum resultado positivo.
Não recomendo o filme ...
o ponto de partida era ótimo mas faltou fôlego e conteúdo .... acabou sendo apenas mais uma produçãozinha C, típica da Net.
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V. já cogitou que talvez seja o "conforto material e o progresso tecnólogico" que incentivam e estimulam o aparecimento desta humanidade robotóide?
Com certeza! O que se pode esperar de uma sociedade assim?
É pena que isso aconteça. Se a humanidade usasse de equilíbrio, poderia contrabalançar as duas coisas, mas infelizmente tudo isso anula o SER, ficando apenas ligada ao TER.
Assisti a esse filme e fiquei também sem saber como responder à pergunta: Quem é você?
O que se poderia responder sem dizer o que fazemos, etc.
A resposta seria "Sou um ser humano"? Mas isso não seria suficiente. Vocês teriam alguma resposta?
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